Cuidado com o que fala, meu jovem rapaz
Suas certezas são como espinhas na sua cara lisa
Ou seus pelinhos recém-crescidos em seu corpo
Não lhe chamo de imaturo, imagine!
Apenas peço para que grite baixo...
Mas.... quer saber? Quão idiota eu sou
Pobre e velho escritor a querer que tal juventude não grite.
Afinal, o que mais fazem a não ser gritar?
Vezes gritos de certezas, vezes gritos de choro.
Mas são sempre gritos juvenis...
Com a idade, meu jovem rapaz, a gente aprende a falar mais baixo...
Até que chegamos na velhice e silenciamos.
E, com o silêncio, ouvimos o mundo
Nos preparando para a morte.
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