segunda-feira, maio 04, 2015
Ai, que sério!
Ai, que cansaço pra sua exatidão
Para o não se perder
Para o não errar
Para o não!
Ai, que cansaço pro seu traço reto.
Para o sem curvas
Para passos
Errôneos.
Ai, que cansaço pra sua pontuação
Sou vírgulas inquietas.
Reticências e, depois,
interrogação.
Ponto e Vírgula. Erro de respiração.
Sou erros.
Ai, moço
Acho que vou me deitar
Espalhar-me diante das suas certezas e delas rir
Dormirei com os meus devaneios e sujas gritarias.
Esse teu silêncio é silêncio demais para mim!
Aliás, isto não é silêncio.
Isto, moço,
É barulho morto.
Que não se permite gritar.
É caminho traçado.
Que não tropeça.
Pulos comedidos.
Guarda-chuva em tarde de chuva fina.
Galochas frias em meio a divertidas poças d'águas.
Moço, cuidado
Tem roupa que gruda no corpo da gente
Que se muito fica
De repente, vira alma.
O terno, moço, pode ser eterno!
Anda...
Tira essa capa!
Tira esse terno!
Tira essa alma!
Tira essa vida!
E vai viver...
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