segunda-feira, dezembro 05, 2005

ACORDAS

Não percebes que...
O que sinto é simplesmente
fruto de um meio apodrecido.
Constantes inverdades e uma escuridão permanente
Sentimentos vazios!
As ondas do mar,
vêm belas e formosas, mas que logo se vão
E quando retornam...Aliás,não retornam...
Pois ali já são outras.
Todo aquele brilho de meus olhos,
eram simplesmente,talvez,o reflexo da luz do sol...
Mas percebes que chegou a noite.
Um suave toque...a lembrança do puro,incrível...
Mas a brutalidade logo vem e,
o que resta...a lembrança de uma sensação.
O vôo de um pássaro nunca é infinito
Em algum lugar, bem escondido,
covardemente ele descansa e adormece.
Não sou amargo ou insensível,
até mesmo porque a doçura da vida...
Ah,efêmera vida...
Não ser questão de pessimismo ou angústia,
são fatos,que compõem uma verdade assustadora e caótica.
Não sou louco de cegar-me os olhos à essa verdade!Percebes!
A criança passa a ser o adulto,logo depois o velho...e morre!
Uma bizarra vidinha? Mas a única que lhe pertence.
Faz parte da verdade.
Não sejas idiota,siga sua merda de vidinha e depois morra.
E quem sabe depois a gente não se encontra?
Imbecil! Não percebes que sonhos não existem?!
Acordas,para adormeceres comigo.

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