Obs: Escrito em 17/01/02.
O que vejo, é o que escondem
(eles...) não por querer.Por não pensar...
O que penso, é sobre o que vejo
(eles...) por não pensar, não vêem...
O que sinto, é...não sei mais.
Se o que vejo, não vêem.
O que penso, não pensam.
De que adianta sentir...sozinho?
quarta-feira, dezembro 21, 2005
O que Vejo, Penso e Sinto...
terça-feira, dezembro 20, 2005
A Noite
Ouço tantas vozes a me dizerem coisas de que não entendo. Vejo tantos olhares que vêem tantas coisas.E eu nada vi.
Quantos braços e pernas imóveis.Eu, aqui.
Canção que faz dormir.Dormir com medo.
São esses gritos que não me saem da cabeça.Amarelo.Verde.Vermelho – ah, esse é o mais irritante.
O vermelho.Quente e úmido.Como sangue.
Ele me diz tanta coisa que não consigo entender.
Mas sinto cada rasgar em seus gritos.
Aumento o volume da canção para continuar a dormir.Que engano!
Até mesmo o gemer agoniado do Amarelo consigo sentir.
Parece doer tanto.
Uma maldita cólica de angústia.Que não me deixa dormir.
(Mas...) Agora já posso ouvir a canção.
Tão suave e límpida que pareço flutuar.
Sinto-me leve...Tão leve como se estivesse...
Sentindo a própria ausência em meu corpo.
Puramente o vazio tal como o silêncio que me invade.
(Será que estou morto?)
Que diabos! Odeio ficar acordado querendo dormir!
Esses gritos me matam.
De que me servem, se não os quero escutar?
Que gritem a quem os queira!
Há tanta gente disposta nesse mundo...
Eu estou cansado de ouvir tanta coisa.
Tanto sofrimento que não me é útil.
Afinal, não são meus gritos. (ou são?)
(...)Tive um dia tão exausto; documentos,telefonemas,contas,compromissos;minha vida.
Preciso descansar ( Esquecer! )
Ainda tenho tanta coisa para fazer amanhã (Nunca! )
Merda!Essas vozes que insistem, a me interromper!
A canção já está no fim.
O rádio-relógio já despertou: 6: 00h E mais uma noite, esses gritos me atormentando.
Tenho que ir para o escritório.De olheiras na cara, por não dormir.( Viver! )
Mas um desejo silencioso de viver ( Morrer! )
Psiu! Silêncio! Já amanheceu.
Tem de quê ? ( ou Tempo Perdido )
Ah!Que vontade de tomar sorvete! Hum...aquele sorvete me deixava louco! Tão cremoso que me fazia rir.Feito um bobo. Mas tenho tanta coisa pra fazer hoje,amanhã,depois e depois... E assim, passou. E não é que eu esqueci do “meu sorvete” ?! ( ...esqueci nada! ) Já estou até sentindo o seu cheiro geladinho. Chocolate.Creme com passas.Manga. Hum!Que sabor vou escolher? Afinal,demorei tanto para esse dia. Tenho que caprichar no sabor. (...) Hoje não tem sorvete. Nem hoje.Nem amanhã.Nem depois e depois... A sorveteria fechou. Agora está funcionando uma loja de pregos e parafusos. Qual deve ser o sabor de parafusos? Será que tem de chocolate? |
segunda-feira, dezembro 19, 2005
Gislene,é ela
me despreza
me cospe
me deseja...
não diz que me quer
mas me sente
me beija mesmo que por desejo
faz da sua casa minha mente
se sente
na dança me alcança
nas palavras me ganha
na boca me beija
no olhar me deseja
no manuscrito me diz...
............................amo-te!
Obs: De alguém(não sei se ele aceita q eu diga seu nome) a mim.
domingo, dezembro 18, 2005
Seca
Sede de Desejo. SeDe Desejo. Se desejo... Sede. Teus olhos ,poços artesanais em meio à terra seca. Bebedouro onde mato minha sede és tua boca. A fome que outrora tivera foste saciada com teu corpo. Corpo que fome mata.Fome que alma sangra. Alma perdida ao pecado.Pecado do Desejo. Desejo ao Pecado! Onde andas tu? O frio do escuro que a mim envolve ,não és tu. És o envolto do fardo.Fardo esse que carrego comigo em nome do Sagrado. Sagrado este que me deixaste viver sem ti,aqui. Vida profana! Aqui onde o Desejo é maior. Sede.Fome.Frio.Desejo. E ainda espero.Ainda desejo.Ainda. Mãos ao vento; sinal de aDeus.Ilusão! E´ A Ilusão que já se fora.É muito ocupada,para aqui ficar. Ainda sinto teu respirar quente sobre um corpo frio.Silêncio. Gemidos que se calaram.Arrepios que adormeceram. Tenho sede do teu desejo.Fome de teu corpo.Como,Desejo! Preciso saciar minha fome.Saciar meu desejo. Saciar preciso. Saciar o cio que sinto. Sinto por ti.Sinto por não mais sentir. Aqui não há mais nada.Só desejo. Meu corpo está seco. Corpo frio e seco. Aqui nada mais chora. Não chora mais nem Terra,nem Céu. Oh Desejo Desgraçado! Por que não vens aqui? Aqui é longe...muito longe.Mas tem visita. Amanhã!É dia dela visitar. Sempre passeia por aqui.Mas nada faz. A Morte. Ás vezes até que leva uns pequeninos. Mas hei de esperar pelo grande dia. Dia em que levará o maior de todos. O Desejo de Viver. Enquanto isso,abro e fecho janelas.Sento e levanto á beira da porta. Dia e Noite.Frio e Fome.Seca e Seca. Só...Seca. À espera de ti. Á espera da Morte. |
Obs: Escrito em 2003,período em que li Vidas Secas,de Graciliano Ramos.
segunda-feira, dezembro 12, 2005
Pobre de ti, criatura.
Se por algum momento de sua mísera vida pensaste em estar ao lado meu, pobres de tu! Acreditas realmente que podes me ter ? Mal sabes quem sou...Não sejas tão crédulo; infeliz! Observe à tua volta.O que vês? Quem ,vês ? Lamento informar-te ,mas é pura ilusão! Está sozinho.Não tens a ninguém e por isso não podes me ter. Esperas por teu futuro duvidoso,mesmo sabendo que este nunca chegará. E acha que posso estar ao lado teu?Por quê? Nunca.Somos fugazes.Seres individuais e apodrecidos. Jamais nos suportaríamos. Não desejo o sofrimento a ti,pois já o possui. Pobre ser angustiado. O que te faz pensar que sois tua amante? Meu sorriso cínico e pérfido? Minhas mãos suaves? E meus olhos...Ah!Não acredites que podes ver algo. Pois és cego.E ainda...teima em ver a doce ilusão. Não percebes que és mais uma criatura a iludir-se? Porém se acreditares em mim, mostrar-te-ei o verdadeiro prazer de estar só. “Existem outras criaturas como tu, que insistem em acreditar na doce ilusão de estar com alguém ou de ter a alguém.São pobres criaturas famintas,que alimentam umas às outras com falsas palavras e efêmeras promessas...Andam perdidas e aos gritos,algumas,às vezes,até que tentam livrar-se,mas logo são tomadas por uma massa avassaladora de zumbis da ilusão.” Ainda queres continuar assim? E após ler essas sujas linhas,olhar ao espelho,sorrir...e com toda a falsidade diante de si mesmo, pensar: “Ainda assim,quero e preciso ter a alguém.” E com toda a certeza do mundo.Sim,toda a certeza.Tereis pena de ti. Acredites.Estou tentando apenas...aliviar. Aliviar a dor e a angústia que sentes.O desejo. Ah!O desejo que nos invade,e que nos faz perder o controle. Não mais ter que ser alguém,ter alguém ou querer a alguém. Eis o desejo único.Só.Ter somente a si. Tua fome até então insaciável...Provarás do saboroso gosto da solidão e não mais o deixará. Viverás consigo mesmo.Próprio de si. Eis a inquietação caótica.Destruidora da doce ilusão. Pobres criaturas iludidas. Não sejas mais uma.Sejas o indivíduo. Por isso,volto a te dizer: “ Não podes querer a mim...não me tens.” Gozes do prazer da liberdade,ainda que duvidosa para alguns. Somos indivíduos solitários. Acredites...enquanto há tempo. Ou... quando estiveres em meio à escuridão, ao frio e a dor, o silêncio... Enfim,acreditarás: estás só. |
terça-feira, dezembro 06, 2005
Manifesto do Condenado
Quero ser livre.
Quero ser livre para poder andar na calçada
sem ter que olhar em frente.
Quero viver sem responsabilidades, sem horários a cumprir,
sem contas a pagar ; sem obrigações.
Quero me despir.
Quero rasgar minhas vestias,
as quais cobrem meu corpo, meu sexo;
e aprisionam minha alma e meu desejo.
Desejo de xingar minha professora querida;
De cuspir na cara de meus pais e mandá-los para aquele lugar.
Quero olhar para você e...(risos)
Quero poder me jogar ao mar, este cheio de tubarões famintos.
Quero tomar chuva em noite de tempestade ; quero correr
contra caminhões a oitenta por hora.
Quero não ter futuro, tem ter que esperá-lo.Quero não me lembrar de um passado,
Quero não ter estórias.
Quero não mais amar, não mais chorar, não mais sentir.
Quero ser livre de todas baboseiras que chamam de “vida”.
Quero ser livre da vida.Pois quero morrer.
Quero morrer numa escadaria úmida e lamacenta.
Onde lá de cima possa vê-los desesperados para viver.
Correndo atrás do nada, do futuro promissor que nunca chegará.
Quero morrer num corredor escuro e fétido.
Onde não se possa ver seu fim, apenas o sentir do vento ao meu rosto...
O soprar do vento da liberdade.
Quero morrer num silencioso quarto,
Livre do barulho de vossos gritos de medo.
De vossas lamentações, de vossas promessas.
De vossas rebeldias.
Livre do tormento de vossas revoltas.Chega!
Chega de ouvir por vós!
Quero estar sozinho.Calem as bocas!
Preciso ser livre!
Ser livre de vosso mundo barulhento, fétido.Imundo.
De vossas almas penadas que pedem por socorro a todo instante – Ah! As Igrejas que me “perdoem”!
Será que nesta terra não há ninguém que esteja cansado e,
que precisa e quer descansar ?!
Se livrar de todo esse tédio chamado “mundo”?
Quero queimar todos os livros,todas as poesias,
enfim,por fim à toda Literatura! E daí ?!
Só quero que me deixem ser livre.
Ao menos querer ser livre.Aliás “querer” não.
Nesse mundo já se quer demais.
Deixem-me ser livre !
Deixem eu morrer na minha escadaria lamacenta, ou no final no meu corredor.
Ou no meu quarto silencioso.
É pedir muito? Afinal, de quem é a merda dessa “vida” ?
Deixem-me SOZINHO.MORTO.E LIVRE.
OBS:Escrito em 2004,mês não lembro.
segunda-feira, dezembro 05, 2005
"S"
A Solidão persegue-me tal como a sombra de um criminoso. Gritos me saem aos olhos formando silenciosas gotas. Não há mais o que temer, além de mim... Confronto a cada segundo com angústia de não mais ser. Ser o eu que não mais sou. Morte incessante que me toma o corpo; frio e insípido. Quer saber o que se passa ?! Mais nada. Fingimento, e nada mais. Estou perdendo uma luta, a qual não existe um vencedor. Nojo de um corpo limpo. Não sois assim.Apenas estou. Por isso digo-lhe: "Afasta-te do que não lhe pertence!" Ausência e Morte Eis o início de um fim interminável... Obs: Escrito em 2002,não lembro o mês. |
Loucura
Não sei o que deveria sentir agora
Um anseio o qual me impele a gritar
Gritar por um sonho,
um desejo,
um amor.
Euforia de uma criança ao brincar
Grito! Grito! E Grito!
Mil vezes gritarei se preciso! (pausa)
Há alguém para me escutar? Não faz a mínima diferença.
Estejas surdo ou não. Pouco me importa. Ainda grito!
Podes até dizer que sou louco.
É, talvez seja.
Se a loucura é comer estando com fome.
Beber estando com sede.
Se a loucura é correr, simplesmente correr...
enquanto todos andam.
Se a loucura é não ser Você ? (risos)
Éh! Se ser louco é ser EU MESMO?
Sim! Sou LOUCO;
E mais
Sou um LOUCO HISTÉRICO!
Se não gostou, desculpe-me. Mas pode tapar os ouvidos;
Caso já não tenham sido tapados!
"E enquanto isso... lá se vai mais um louco pela rua...
O que busca? Não sei, talvez...
Sonhos. Desejos. Amores. Da sua LOUCA LIBERDADE."
.
.
.
Obs: Escrito em Maio , 2002. Primeiro texto que me deu vontade de rir ao ler.Pensando em alguém(...).
És agora
Um suspiro o faz parar e pensar...
Não! Pensamentos ali,não cabem mais!
Perdoa-o por tamanha pretensão,mas
a ambição e o orgulho são lícitos ao homem.
(...)Como um canino faminto e feroz
que dilacera sua presa...
Toma-te a alma e o prendes...Eis o amor; teu maior inimigo!
Suave sorriso...a intenção é maior.
Seria uma luta,caos houvesse um vencedor.
Batalha sangrenta e interminável!
A dor de vossa alma...
defronta com a intensa força que o consome.
Angústia e medo...constantes.
Agora,és o próprio caos!
Só lhe restaria...a morte.
Caso não estivesse...amando.
Obs: Dezembro, 2001.
Brisa de um Suspiro
De forma podre e obscura as coisas já não são mais as mesmas Os olhares perdidos suplicam por um silencioso encontro Encontro esse,mais vazio que vossas almas. Almas?! Meramente, uma mentira;uma grande e imunda mentira! Acalmai vossas dores, sentindo a leve brisa de um suspiro... Não se sente o alento,pois este nunca existiu.Serias,talvez, mentira ? Gritos desapercebidos.O desespero incontrolável, tudo em busca d'uma suave brisa de um suspiro... Não serás vós que acalmar-te-á O mundo se perde a cada passo dado Passos desencontrados e sem destino.Destino? Olhos inválidos em busca de um destino... Pobres iludidos...ainda têm sentimentos! |
ACORDAS
Não percebes que... O que sinto é simplesmente fruto de um meio apodrecido. Constantes inverdades e uma escuridão permanente Sentimentos vazios! As ondas do mar, vêm belas e formosas, mas que logo se vão E quando retornam...Aliás,não retornam... Pois ali já são outras. Todo aquele brilho de meus olhos, eram simplesmente,talvez,o reflexo da luz do sol... Mas percebes que chegou a noite. Um suave toque...a lembrança do puro,incrível... Mas a brutalidade logo vem e, o que resta...a lembrança de uma sensação. O vôo de um pássaro nunca é infinito Em algum lugar, bem escondido, covardemente ele descansa e adormece. Não sou amargo ou insensível, até mesmo porque a doçura da vida... Ah,efêmera vida... Não ser questão de pessimismo ou angústia, são fatos,que compõem uma verdade assustadora e caótica. Não sou louco de cegar-me os olhos à essa verdade!Percebes! A criança passa a ser o adulto,logo depois o velho...e morre! Uma bizarra vidinha? Mas a única que lhe pertence. Faz parte da verdade. Não sejas idiota,siga sua merda de vidinha e depois morra. E quem sabe depois a gente não se encontra? Imbecil! Não percebes que sonhos não existem?! Acordas,para adormeceres comigo. |
Lembranças...meras invenções
Ilusões passadas Lembranças,meras invenções. Sentimento tripudiante Alegrias, nos gestos vazios O vulgar inocente, Sois uma imagem apagada. Brilhos ofuscantes...cegam. Calor ardente...incineram. Palavras belas e complexas...ensurdecem. E lembranças...meras invenções! Sentes o afago de minhas mãos, que intencionalmente ou não,te prendes. Um simples sorriso,a intenção. Imagem criada, e apagada. Os sentidos já não são mais do que...uma simples brincadeira. Meus olhos ainda brilham, não sei até quando... Meu corpo,sente o intenso calor junto à suave brisa do mar... E ainda sei...que não sei se lembrarei... Lembranças...meras invenções. |
Caos Humano
A existência humana uma luta pacífica e amadora. Império da imperfeição A escuridão.Vossos olhares lentos. Era uma vez...um sentimento infantil. Calmaria e lentidão de um suspiro silenciam um grito angustiante. Não existe mais o medo Agora somente,talvez,a escuridão e um silêncio... Alento de uma dor.Um choro de criança. Um permanente descanso Covardia e hipocrisia Sereis o único? Nunca! Cegos e surdos.Não têm mais medo. Não existem mais sentimentos! Uma existência inata À beira de um caos interno Pânico em erupção.Afinal... Sois uma humanidade imperfeita! |
Uma Solução
mas que muito sentem.
Explicações recíprocas e inexistentes.
Óh "mundinho" amarelado!
Mas ainda resta algumas manchas do "pobre esverdeado".
Soluções utópicas, dizem.
Fingem não saber, é melhor.
O Silêncio é companhia constante.
A grande força; o pequeno fracasso.
Languidez de uma criança à procura de um abraço.
Pânico de uma rosa, ali,
num jardim resplandecente.
Suporta-se ainda, o imóvel.
Que empurrado, com suas rodas, segue..................Segue!
Se seguir é solução
Explicação não quero
Eu, estou indo...
Seguindo cego e imóvel.
...ser...seguindo...sego...silêncio...
Mortuárias
Corpos que apodrecem,já agonizados. Mentes langüescentesjá aniquiladas. Emoções amargas e,suspiros secos,frios. Ilusões solitárias! Sentimentos repugnantes, ali estão! Olhares e toques fúnebres. Permanente negros.Agonia e dor,indescritíveis. Que pena;As Máscaras caíram...
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Incoerência
Obs: Dezembro,2001." ...a força de uma dor, junto à fraqueza de um alento..." Nesse dia acordei com essa frase na cabeça,não parei de pensar nela até escrever esse texto.
O que sou, não sei
O que quero, bem sei eu
O que sinto; nada!
Uma inconstante permanência
Irritante passividade
Reação inata ; fúria imatura...suave.
Hipocrisia de vida
Vida já morta.
Ódio não são imagens
Muitos menos,sentimentos.
Caos atordoantes , ocioso
Lágrimas e risos
Aqui estou
À espera do nada.
Nada que não sou
Que não quero
Mas que...sinto!
A força de uma dor , junto à fraqueza de um alento.Pobre imperfeição.
O meu Eu
Preocupações presentes, existe ali, um sentimento.
O olhar profundo e amargo
Gestos acolhedores... ontem houvera.
Aquela senhora, aquele sorriso...
Sensações que não impressionam mais
Sou apenas; Quero, apenas!
Explicações e fatos, pura besteira
A vida é inconstante, efêmera
Efêmera e infinita; Minha vida
Sonhos;lindos sonhos
A dor, o medo, a incerteza...
Compõem ali, simplesmente
O amor, é meu, eu o fiz... e o sinto
Meu sorriso... que encanto!
Felicidade? Não sei. Aliás, não interessa.
Meus olhos brilham , antes já foram lavados.
Refletem tudo o que vêm e o que não podem ver.
Sou uma gente que vive
Gente que morre e , que
Pelo menos... sente e quer sentir!
O afago que outrora me deram,
Agora, é somente meu.Ainda o sinto.
Pois aqui existe um sonho
Somente Meu; Eu.
Obs: Novembro,2001.Nesse dia escrevi pensando numa mulher que morava na rua e pedia esmola na Av.Sete de Setembro,ela era muito bonita,nunca mais eu a vi.(...)
Aqui
Agora! Não há mais tempo.
Dúvidas não mais! Chega de dubiedades.
Não há mais espaço para cincadas, aqui não.
Atrocidades não existem.
Estamos atulhados! Chega!
Pensar; já não adianta mais.
Ódio e temor farão parte de nossas mentes,
agora, já aniquiladas (ou quase!)
Não haverá mediador.
Caos, talvez.
Não chegará a tanto, quer dizer, ao esperado.
Não existirão atalhos.
Cilada no lugar de ajuda.
As máscaras cairão! E o pior, tornar-se-ão mortuárias.
Angústia. Desespero. Loucura. Serão suficientes.
Efemeridades, não existirão!
Todos tornar-se-ão ébrios.
É quase inacreditável: eu vou ficar bem.
Nem todas mudanças são “perceptíveis”, apenas “sensíveis”.
O que ficou: apenas destruição.
Obs: Novembro, 2001. Nesse dia eu chorei ao telefone...
Sentimento
Merda! Eu aqui novamente; com medo talvez; angústia , ódio...Nada disso!
A cada dia, porém percebo que a esse mundo o qual tanto sonho e critico,e tento mudar,
Não pertencente sou...
Agora o que quero não vai mudar... Não dá mais... Eu vou ficar bem. Só quero que saibam que não desisti, não estou com medo...Vou mudar! O quê?! Quero mudar o caminho.
Não me enquadro nesse.
O tempo é pouco! Ah,Carpe Diem, isso é besteira pra quem dorme e não sabe se vai acordar, ou se quer acordar.
Acreditar em quê? Não adianta! Forças, acho que se esgotaram...
Coragem... falar é fácil!
Fim... quando?
Ouvir quem? Merda! Ninguém fala...escuta...e pior, faz!
Livrar-se...fugir...mudar...Será?
Aquele rostinho feliz, não mais existe!
Há uma revolta...um instinto...sei lá!
Mania de explicar; mas agora cadê ?
E pra variar... lágrimas.
Obs: Outro sobrevivente.2001 seu ano.Confesso que não gosto desse texto, me sentia "fraca" ao escrevê-lo,e quando leio ainda sinto(...)
Despedida sem nº
Não se pergunte...“por quê?”
Não tenho motivos; desses que você quer.
Aconteceu, sabe?
A música parou de tocar, só isso!
Não é culpa de ninguém. E não tem essa de “Se...” ou “Era preciso...”
Não tenho medo de ir...Tenho medo de ficar !
Estou bem !
Nada a temer...Vou ficar bem!
O caminho é longo... Não impossível!
Apenas troquei de condução...
Não sei se vou chegar lá...Acredito!
Eu vou confiar...eu devo confiar...e, preciso confiar!
Todos estão cegos!
Todos estão surdos!
Todos estão mudos!
Até quando? Não sei...
Sentir...vivia em função disso...Mentira!
“Carpe Diem!” (risos, muitos risos, gargalhadas...lágrimas...)
Assim será melhor...
Não se preocupe comigo!Estou bem;
Apesar de muitos acharem que
Não!
Obs: Outro sobrevivente dos que foram para o lixo em Outubro de 2001.É válido lembrar que era o início de uma salva de textos que talvez fossem para o lixo,como muitos foram. |
Despedida nº 1
Um início...
“VIVER NÃO É NECESSÁRIO,O QUE É NECESSÁRIO É CRIAR.”
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.Só quero torná-la grande ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.Só quero torná-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a perder como minha.
(Fernando Pessoa)